Slavoj Zizek

E creio que esta seja a metáfora de nossos infortúnios. Com frequência, quando amamos uma pessoa, não a aceitamos como de fato ela é. Aceitamos essa pessoa desde que ela caiba nas coordenadas de nossa fantasia. Nós confundimos, identificamos erroneamente essa pessoa, por isso, quando descobrimos que estávamos enganados, o amor pode rapidamente se transformar em violência. Não há nada mais perigoso, mais letal para a pessoa amada que ser amada pelo que ela não é, mas por se ajustar a um ideal. Neste caso, o amor é sempre mortificante.

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