Se és capaz de manter a tua calma quando Todo o mundo em redor já a perdeu e te culpa, De crer em ti quando estão todos duvidando E para esses, no entanto, achar uma desculpa; Se és capas de esperar sem te desesperares, Ou, enganado, não mentir ao mentiroso. Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares, E não parecer bom demais, nem pretensioso; Se és capaz de pensar – sem que a isso te atires; De sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores; Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires Tratar da mesma forma a esses dois impostores; Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas Em armadilhas as verdades que disseste E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas, E refazê-las com o bem pouco que te reste; Se és capaz de arriscar numa única parada Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida, E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada, Resignado, tornar ao ponto de partida; De forçar coração, nervos, músculos, tudo A dar seja o que for que neles ainda existe, E a persistir assim quan...